segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dizia-te que tudo o que dissesse era muito por ser pouco o que ouvirias. Falava-te na palavra pronunciada por ouvires ou aceitares. Explicava-te o inexplicável e ainda assim não perceberias. Contava-te o que sou e não me verias. Tocava nos pontos chave e não te abririas. Sentia-te por perto mas não me caberias. Esquecia-te mas não te aperceberias. Implorava-te honestidade e não te sentirias.
Existias em mim mas nunca viverias. 

Libertas-te de mim e estou preso.


Pensamento

Somos ser
movidos a tais termos
quando o perigo no mover
é o não o conhecermos.

Conhecer o conhecer
por muito que custe vermos
não passa de perceber
o impossível de obtermos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

As verdades sufocam o ser,
que não se é,
julgando ser verdadeiro
na mentira em que consiste.

Nada poderei fazer,
se não passo de pé,
quando nada é por inteiro
na inexistência do que existe.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A porta

Espero ouvir a porta. O tempo passa e ouço-a cada vez menos, menos de ti, de nós.
O vazio ensurdece-nos quando nos esquecemos do som que somos. E a porta calada.
Tu que não estás, eu que não sou o que esperava ansiosamente, que esquecia o poder ser inevitavelmente,  e o que não era ou não chegava...
O tempo que me moldava, o esperar que me ensurdecia.
Á porta tocou, fui abrir.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Nem sei se não se passa nada como se se passasse tudo se se passa tudo como se não se passasse nada.
Sei que te quero. Parece impossível, pareces apenas parecer. Pareces, não apareces!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Revela-te

Não me levas a lado nenhum, não te levo ,também eu, a qualquer lado...
Não me deixas, nem me levas. Que fazes?
Seduzes, cansas, vicias, não matas. Que faço?