É a sombra que nos apaga quando o sol aquece os que o procuram. E eu não, e eu sombra quando há algo entre mim e o meu brilho. Chamemos-lhe razão, perfeição, foco, objectivo. E eu contido, esquecido, ferido na imensidão de sentir este sentimento imenso que passa despercebido.
Há que aparecer, e quando há algo que nos cobre?
É o não existir
do tempo que restou,
a saudade
do que não chegou a ser,
a dor
da inexistência num só beijo.
É a falta
do que não sou,
a corrosão
do não viver,
a não concretização
de um só desejo.