quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ao tentar racionalizar as coisas penso que preciso de querer. Quero querer. Não querer é o auge que não atinjo. Preciso porque não tenho. Porque nunca terei o que quero. Porque não sei o que quererei.
Agora, quero-te e é por isso que te quero. Quero-te porque independentemente de precisar ou não, de querer querer-te ou não, quero-te. E é por isso que te quero tanto se calhar. Porque posso dar-me ao luxo de querer, de te querer,  porque não te tenho. O que desconheço quererei um dia para além de ti, agora e depois. Se te tivesse como quero que haveria mais para querer? Que restava? O que gostava realmente era de me conhecer. Queria saber o que quero e que dependesse de mim. Não te entregues, não te vás. Dói-me mas doer é bom, sinto. Não sentir, não sentir é não ter acesso ao fundamental. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Não podemos culpar os meios se no fim somos integramente e de forma inata nós mesmos.
Não culpem os meios, culpem o fim. Culpem o medo, a vergonha, a decadência de sermos nós mesmos não o sendo ou evitando-o. Culpem o resultado e a consequência do ser. Tudo é o que deixamos ser. 
Culpem a natureza animal de sentir. Não há razão, explicação, lógica sequer. Há sim evolução, mudança. Seja ela positiva ou negativa. Artificial ou não. Provocada ou não. Somos nós, sempre nós e não há como nos fugir. Esqueçam a culpa e limitem-se a existir ou a culpa acabará por consumir-vos até que não existam meios para culpar e apenas fins.
Enfim, culpem a sociedade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O corpo, o meu olhar presentemente só. O tempo e a visão de que disponho.
Não há senão miragem irreal. Não há senão sonho. Não há senão tu. Só tu, apenas eu.

Já agora

Agora, o passado não interessa. Não interessa, agora, o que nunca foi, o que nunca chegou a ser. No entanto, agora, agora que não é, interessas. Interessas, agora, como interessavas antes.
Agora, antes, talvez depois quem sabe, interessas. Tu, agora, só agora, ainda agora, para sempre agora. Espero-te.
Agora? Agora não estás...e agora?