quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Porquê?

Porque é que isto não acaba? Porque é que sou assim? Porque é que não sou apenas indiferente? Porque é que estou na minha cama a pensar em mim? Porque é que sou inconstante? Porque é que me adoro e quero existir? Porque é que me odeio e quero existir? Porque é que existo? Porque é que sou estúpido? Porque é que me preocupo? Porque é que me estou a lixar? Porque é que gosto de correr se não gosto de ficar cansado? Porque é que estou sempre cansado? Porque é que sou monótono? Porque é que há esperança se não há motivação? Porquê o fracasso? Porquê o triste que sou? Porquê a pessoa mais própria e perfeita ainda que imperfeita que conheço? Porquê a vida? Porquê a morte se vida? Porquê a perfeição se não existe? Porquê o pensamento se não chego a conclusão alguma? Porquê os porquês? Porquê o mal ou o dinheiro, ou a felicidade ou o bem, ou mal ou o amor, ou a pobreza, ou o que existe e o que não existe se não é infinito? Porquê a lembrança se não é mais que uma recordação passada que já nem está assim tão presente? Porquê as palavras, os gestos, os olhares, os sentimentos, se não servem de nada? Porquê os opostos em mim? Porquê a eternidade? Porquê a prisão se não existe a liberdade? Porquê a ausência de sentido? Porquê a falta de respostas? Porque a ânsia de respostas quando sei que não as há? Porquê estar tudo mal se depois está tudo bem? Para que penso se não serve de nada? Para que escrevo? Porquê o respirar, o comer, o beber água? Porque é que gosto e não gosto da existência? Existo!
Porque é que isto não acaba?Porque é que sou assim? Porque é que não sou apenas indiferente? Porque é que estou na minha cama a pensar em mim?
Porquê? Porque sim!

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