Sabes, o que me custa mais e custar-te
também a ti. Não há culpas para ninguém mas sou eu quem a tem. Não escolhi é
certo mas calhaste-me a mim e não ao contrário. Não sei que faria se sucedesse
o inverso. Posso apenas pedir-te desculpa. Custa-me, e arrisco-me a pensar,
mais que a ti. Basta ignorares, eu tenho de esquecer. Mas como posso
esquecer-me de uma emoção tão presente. Sim é presente ainda que não estejas. E
começo a fartar-me e a ter raiva
de mim mesmo por não te poder atribuir as culpas. És tão mais inocente que eu.
Eu sabia no que me estava a meter e ainda que fosse impossível impedi-lo nem
tentei.
E há sempre o teu rosto, e há
sempre a distância, e há sempre o controlo, e o cansaço, e a esperança, e o
consolo, e a tristeza, e o prazer, e a felicidade tão perto a cada dia que te
conheço. E não te sou, e nunca nos
terei.
Passei por aqui e gostei deste texto (e de outros). Fica bem!
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