É a falta de compreensão em
relação ao que me rodeia que me leva a não compreender os rodeios que em mim
habitam. Não percebo e não me contento. Preciso de saber mais, de compreender
melhor ou então esquecer, ignorar não sentir. As coisas pela metade não me
chegam. Não me chego por inteiro. Há sempre a puta da falta presente. Que há para
além de mim neste universo por mim criado? A minha percepção das coisas é tudo
o que há, tudo o que sou. E não me chego. E não há que me chegue.
Decepção, cansaço, solidão. E não
há como me fugir quando o mundo que há em mim sou eu no mundo e vice-versa.
Nada me resta senão a existência
incompleta do por vir.
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