segunda-feira, 16 de abril de 2012

Plenitude

Os meus olhos estão abertos. Também está a possibilidade futura sob sonho que não se apaga quando a visão falha. O real não é melhor que o sonho ainda que seja preciso o real para sonhar. O teu corpo completa a minha visão num quadro de sonhos que pinto imaginando-me no sonho de não sonhar. Não sonhar mais por não precisar. Era o teu toque, a tua proximidade, o teu silêncio, a tua essência.
Era sobretudo o teu olhar fixo, inerte, silencioso, em mim. Era esse momento, desde agora, até sempre ainda que tão curto e tão efémero para chegar sequer a ser vivido. Era o estar-mos parados um em frente ao outro de lábios mudos, de mentes vazias, de olhos estagnados no vazio de sentir. Era o teu queixo, o teu pescoço, os teus lábios cerrados, o teu olhar tão tu, e eu. Era só isso e o vazio restante. Chegavas-me.







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