Nada
dura para sempre, nada é eterno. Na eternidade apenas nós mesmos connosco até
deixarmos de nos ser.
É
talvez por isso, por nos acharmos imortais enquanto somos, que nos deixamos
levar pela morte que está contida em cada inspiração, em cada olhar, em cada
prolongar da existência.
Tudo
para o que não conhecemos. O sentido não está connosco, está para além do que
achamos perceber e o segredo é mesmo esse: não querer perceber. Não querendo
sentido, não o procurando, não nos lembrando de algo que não conhecemos somos
completos, ou apenas inconscientes do incompleto que nos completa.
Devíamos
ser genuínos, reagirmos apenas com o que nos é inato, com o que somos sem
deixar de o ser, sem nos alterarmos. Devíamos apenas permanecer imutáveis já
que na imortalidade eterna que nos cabe. Devíamos ser o que seríamos se não o
fôssemos, se existíssemos sem termos consciência sequer de uma possível
existência começada e quem sabe por acabar.
Nada dura para sempre. Nunca mais é para sempre.
Nada dura para sempre. Nunca mais é para sempre.
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